May 03, 2024
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Petroleiros em greve de 24 horas por uma PLR justa e democrática

FUP

Os trabalhadores do Sistema Petrobrás estão em greve nacional por 24 horas, cobrando da empresa regras claras, democráticas e justas para o provisionamento e pagamento  da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) construídos pela categoria. A greve está sendo realizada nacionalmente, na grande maioria das bases da FUP, com intensa participação dos petroleiros, tanto nas unidades operacionais, como nas administrativas.

No Rio Grande do Sul, devido ao incêndio que matou e feriu centenas de jovens na cidade de Santa Maria, os trabalhadores cancelaram a paralisação e realizaram um ato em frente à Refap em solidariedade ás vítimas da tragédia.

Em São Paulo, a greve teve início às 15h de domingo, com corte de rendição do turno da Recap, prosseguindo ao longo da madrugada e pela manhã também nas demais bases do Sindipetro Unificado-SP. Na Replan, os trabalhadores iniciaram a greve pela manhã, com 100% de adesão do pessoal do turno e do administrativo. Nos terminais de Guarulhos e Guararema, a greve também conta com 100% de participação dos trabalhadores dos turnos e do administrativo. Nos terminais de Barueri e São Caetano do Sul, a participação é de mais de 90% da categoria. No escritório EDISP II (sede administrativa da Petrobrás em São Paulo), 95% dos petroleiros também aderiram à greve.

Em Manaus, os petroleiros da Reman cortaram a rendição do turno às 23h de domingo e prosseguem em greve. Pela manhã, os trabalhadores do administrativo aderiram à paralisação. No Terminal de Coari, também no Amazonas, os petroleiros suspenderam a emissão de Permissões de Trabalho (PTs).

No Paraná, os trabalhadores da Repar também cortaram a rendição do turno às 15h30 de domingo. A greve prossegue ao longo do dia, até a troca do turno das 15h30 desta segunda, com adesão de 95% dos trabalhadores operacionais e 60% do administrativo. Na SIX,  a greve teve início à zero hora, com participação total dos trabalhadores do turno. No OPASC, 90% dos trabalhadores aderiram à paralisação e interromperam o carregamento dos terminais terrestres da Transpetro em Guaramirim e Itajaí, em Santa Catarina. No Tefran, em São Franscisco do Sul, a paralisação começou às 07h30 e conta com 50% de adesão da categoria.

Nas demais bases do país, a greve de 24 horas teve início à zero hora desta segunda-feira, 28. Em Minas Gerais, foram cortadas as rendições nos turnos da Regap, com adesão também do pessoal administrativo.

No Espírito Santo, os trabalhadores da P-57 suspenderam a emissão de PTs e no Terminal de Vitória (TAVIT) e na UTG-SUL,  apenas os serviços emergenciais estão sendo realizados. Na Base 61, os trabalhadores estão concentrados do lado de fora da unidade.

No Norte Fluminense, 35 plataformas da Bacia de Campos aderiram à greve, desde a zero hora. Os trabalhadores suspenderam todos os tipos de Permissão de Trabalho (PT) e paralisaram também os serviços de rotina. A greve atinge também as principais bases terrestres da região. No Terminal de Cabiúnas, os trabalhadores realizaram uma concentração de duas horas em frente à unidade.

No Rio Grande do Norte, os trabalhadores seguem também em greve, desde à zero hora, com forte participação da categoria. O coordenador geral da FUP, João Antônio de Moraes, está em Mossoró, participando da greve nos campos de produção.

Em Pernambuco, os trabalhadores do Terminal de Suape aderiram integralmente à greve e suspenderam todas as emissões de PTs. Todos os trabalhadores do administrativo cruzaram os braços e a operação do terminal está sendo realizada com o quadro mínimo de efetivo. O mesmo ocorre na Refinaria Abreu e Lima e no Gasoduto de Jaboatão, na Paraíba.

Em Duque de Caxias, os trabalhadores da Reduc, do Terminal de Campos Elíseos e da UTE-GLB iniciaram a greve a partir da zero hora, com forte adesão da categoria, que suspendeu a emissão de PTs e realizou concentrações em frente às unidades, atrasando a entrada do expediente. Os petroleiros estão realizando apenas os serviços emergenciais.

No Ceará, os trabalhadores suspenderam a emissão de Permissões de Trabalho (PTs) por 24 horas na Lubnor e nas plataformas marítimas. O mesmo ocorre na UBQ Quixadá e unidades da Transpetro, onde os trabalhadores também atrasaram em duas horas a entrada. Em Fazenda Belém, os trabalhadores do Administrativo mantêm suas atividades paradas durante todo o dia.

Na Bahia, os trabalhadores aprovaram a greve e irão parar por 24 horas nas próximas horas. Assim que tivermos informações do movimento, divulgaremos.

Seguiremos atualizando o quadro nacional da greve, que segue forte, unificando os petroleiros na luta por uma PLR justa e democrática.

Próximos passos da campanha serão definidos na quarta

O Conselho Deliberativo da FUP volta a se reunir quarta-feira, 30, para avaliar a greve  e as interlocuções com a Petrobrás e o governo. A FUP e seus sindicatos não descartam a realização de uma greve por tempo indeterminado, caso não haja avanços nas negociações com a empresa.

Desde meados de dezembro, os petroleiros estão mobilizados, cobrando da Petrobrás a negociação dos valores integrais da PLR 2012, para impedir que a empresa continue definindo de forma unilateral o provisionamento, como tem feito nos últimos anos, sem qualquer negociação com a categoria.  Os trabalhadores querem regras e critérios transparentes, democráticos e justos.  A proposta de adiantamento da PLR que foi apresentada pela Petrobrás no final do ano passado foi massivamente rejeitada pela categoria, que, além de não aceitar redução dos valores, exige que a empresa negocie os valores integrais.

No dia 16 de janeiro, a FUP se reuniu com o Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST) para cobrar do governo uma solução para o impasse em que se encontra a negociação da PLR 2012.

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