Mar 28, 2024

Assembleias começam a avaliar proposta de Acordo Coletivo

 

Conforme indicativo do Conselho Deliberativo da FUP, os sindicatos iniciaram as assembleias nesta terça-feira, 19, nas bases do Sistema Petrobrás para submeter à categoria a proposta conquistada no processo de negociação.

As assembleias prosseguem ao longo da semana, onde, além de avaliar a proposta de Acordo Coletivo, que preserva os direitos essenciais conquistados ao longo dos últimos anos, os petroleiros também estão se posicionando sobre a manutenção do estado de greve e de assembleias permanentes contra a privatização do Sistema Petrobrás. 

Para a direção da FUP e de seus sindicatos, a manutenção das principais conquistas dos petroleiros no atual cenário de golpe  de Estado, que destrói os direitos da Classe Trabalhadora, é uma grande vitória da categoria. "Nenhum direito deixou de existir com esse acordo conquistado, e isso é uma grande vitória. O auxílio à alimentação e o benefício farmácia tiveram mudanças. Mas continuam efetivos e muito acima de qualquer comparação", destaca o assessor jurídico da FUP, Normando Rodrigues. 

Ele explica que as 104 cláusulas do acordo conquistado equivalem às 185 do acordo anterior. No BNDES, por exemplo, o Acordo Coletivo de Trabalho tem 40 cláusulas. Na Vale do Rio Doce, são 41 cláusulas. Na Ambev, 33 cláusulas. No ABC paulista, a Convenção Coletiva de Trabalho das Montadoras tem 81 cláusulas. O Acordo dos Metalúrgicos de São José dos Campos tem 86 cláusulas. A Convenção Coletiva de Trabalho dos Bancários do setor privado tem 71 cláusulas e a dos bancários do Banco do Brasil, tem 72 cláusulas. 

"Os que dizem que a FUP abriu mão de direitos são os mesmos que diziam que o Acordo Coletivo com 185 cláusulas era rebaixado, sendo que nada fizeram para conquistar as 85 cláusulas a mais que a FUP garantiu, após 2003 quando o ACT tinha 100 cláusulas", alerta o coordenador da FUP, José Maria Rangel.

"São os mesmos que apoiaram o golpe e sequer fizeram a autocrítica de seus erros, apesar de todo o caos e destruição de direitos que a classe trabalhadora e o povo brasileiro vivem em função do golpe que eles apoiaram", destaca.  "Esse grupo nunca teve compromisso com nada. Para eles, quanto pior, melhor. Por isso, indicam a rejeição da proposta conquistada pela FUP pois são inconsequentes a ponto de torcerem para que a categoria fique sem Acordo Coletivo, exposta aos efeitos da Contrarreforma Trabalhista, porque greve, que é bom, eles nunca fazem", afirma Zé Maria.

Quadro parcial das Assembleias (à medida que forem informando novos resultados, vamos atualizando os percentuais)

Sindipetro Amazonas

Proposta - aprovação 90%

Estado de greve - aprovação 76%

Sindipetro Pernambuco/Paraíba

Proposta - aprovação 93%

Estado de greve - aprovação 100%

Sindipetro Bahia

Proposta - aprovação 74,6%; rejeição 19,8%

Sindipetro Espírito Santo

Proposta - aprovação 19%; rejeição 70%; abstenção 11%

Estado de greve - aprovação 99,7%; 

Sindipetro Minas Gerais

Proposta - aprovação 35,7%; rejeição 58,9%; 

Estado de greve - aprovação 98,9%

Sindipetro Unificado de São Paulo

Proposta - aprovação 70%

Paraná/Santa Catarina

Proposta - aprovação 60%; rejeição 38,5%; 

Estado de greve - aprovação 97%

Sindiquímica PR

Proposta - aprovação 100%

Estado de greve - aprovação 100%

Sindipetro Rio Grande do Sul

Proposta - aprovação 62%; rejeição 33%

OBS: os demais sindicatos da FUP ainda não divulgaram o resultado parcial das assembleias

Com informações dos sindicatos filiados

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